Estudos

A questão sobre se a cobertura noticiosa do suicídio pode influenciar suicídios por imitação tem vindo a ser debatida ao longo de décadas. Existem mais de 100 estudos internacionais (Organização Mundial de Saúde, 2017) sobre a cobertura noticiosa do suicídio e os potenciais efeitos no comportamento suicidário, nomeadamente suicídios por imitação, de populações de vários países.

Nas últimas décadas, a maioria dos estudos tem revelado a existência de efeitos de imitação decorrentes da cobertura de suicídios nos media noticiosos  (Bollen & Phillips, 1982; Cheng et al., 2007, 2011; Fu & Yip, 2009; Gould, 2001; Gundlach & Stack, 1990; Martin, 1998; Michel et al., 2000; Niederkrotenthaler et al., 2009, 2012; Phillips, 1974, 1979; Pirkis & Blood, 2001, 2010; Pirkis et al., 2018; Satterfield, 2018; Sinyor et al., 2018; Stack, 1987, 1991, 2000; 2003; Ueda et al., 2014; Yang et al., 2012). Mas também é reconhecido que os media podem ajudar na prevenção do suicídio e evitar comportamentos imitadores (Etzersdorfer & Sonneck, 1998; Jobes et al., 1996; Martin & Koo, 1997; Niederkrotenthaler et al., 2010, 2014; Organização Mundial de Saúde, 2000, 2008, 2017).

​O chamado efeito Werther é o termo utilizado para referir o aumento do número de suicídios depois da divulgação nos media de uma história de suicídio, e foi criado por Phillips em 1974, a partir do romance de Goethe, de 1774, “The Sorrows of Young Werther”. O livro conta a história do jovem Werther que devido a um amor impossível pôs fim à vida com um tiro na cabeça. Na sequência do sucesso e da popularidade do livro, várias fontes históricas descrevem casos de jovens que se suicidaram pelos mesmos motivos, recorrendo ao mesmo método, com uma cópia do livro de Goethe por perto e vestidos com calças amarelas e jaquetas azuis, como o jovem Werther (Roque, 2014; Thorson & Öberg, 2003). Diz-se que o livro foi amplamente lido na Europa e que, apesar da imitação generalizada do suicídio de Werther nunca ter sido conclusivamente demonstrada, as autoridades ficaram apreensivas o suficiente para proibir o livro em vários lugares, incluindo Itália, Leipzig e Copenhaga (Phillips, 1974).

Marylin Monroe morreu por suicídio em agosto de 1962, por overdose de barbitúricos, e há registo de 303 suicídios adicionais, ou seja, acima do que seria esperado, no mês seguinte à sua morte nos Estados Unidos, o que corresponde a um aumento de 12% na taxa de suicídio do país (Phillips, 1974).

Vários dos estudos que revelam um aumento do número de suicídios entre a população depois da cobertura noticiosa de um ou mais suicídios (os ‘copycat suicides’) são baseados em estudos de caso sobre suicídios de figuras públicas: atriz norte-americana Marilyn Monroe (Phillips, 1974), guarda-redes alemão Robert Enke (Hegerl et al., 2013; Ladwig et al., 2012), ator norte-americano Robin Williams (Fink et al., 2018; Pirkis et al., 2020; Whitley et al., 2019), repórter Gaëtan Girouard, famoso no Québec (Tousignant et al., 2005), Leslie Cheung, cantor e ator pop de Hong Kong (Yip et al., 2006), cantora Ivy Li em Taiwan (Chen et al., 2012).

Robert Enke morreu por suicídio numa linha de comboio em novembro de 2009 e registou-se um aumento de 81% nos atos suicidas ferroviários entre o primeiro dia após a sua morte e o final daquele ano, face ao mesmo período dos três anos anteriores (Ladwig et al., 2012). Nos 28 dias após a morte do guarda-redes, houve também um aumento de 117% nos atos suicidas ferroviários face aos 28 dias anteriores.

​A questão sobre se as representações do suicídio nos media podem levar a comportamentos de imitação tem sido debatida pelo menos ao longo dos últimos 247 anos, desde o romance de Goethe, em 1774. Mas as evidências de comportamentos suicidas por imitação em resposta a relatos ou representações do suicídio nos media permaneceram anedóticas até à década de 1970 (Organização Mundial de Saúde, 2017), quando foram feitas as primeiras investigações científicas sistemáticas sobre o suicídio por imitação (Tully & Elsaka, 2004).

Efeito Werther

​Através de um estudo que abrangeu dados ao longo de 21 anos, entre 1947 e 1968, Phillips (1974) concluiu que as taxas mensais de suicídio aumentaram nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha nos meses em que foi publicada uma história de suicídio na primeira página dos jornais mais populares e de grande circulação, um fenómeno que nomeou de “efeito Werther” (p.341).  Outra conclusão foi que quanto maior a divulgação de uma história de suicídio, maior o posterior aumento de suicídios, sobretudo nas áreas geográficas abrangidas por essa divulgação. Os resultados foram ajustados para efeitos sazonais e tendências temporais, sugerindo que a disseminação de histórias de suicídio nos media desencadeia suicídios por imitação.

​Um estudo de Stack (1987) concluiu que o nível de divulgação de 38 histórias de suicídio de celebridades entre 1948 e 1983 “foi positivamente relacionado com a incidência mensal de suicídio” (p.401) nos Estados Unidos, enquanto problemas comuns às celebridades e à população suicida (divórcio, doença física e problemas de saúde mental) não foram. Além disso, segundo o autor, o efeito de imitação ocorreu apenas para celebridades norte-americanas do entretenimento e da política, e não para artistas, vilões e personalidades da elite económica. Outra conclusão foi a de que as taxas de suicídio específicas por idade, sexo e raça tendem a apoiar a teoria da identificação.

​Num outro estudo, Stack (2000) analisou 293 descobertas de 42 estudos, publicados entre 1974 e 1996, sobre o impacto de histórias de suicídio divulgadas nos media nos suicídios reais. O autor concluiu que os estudos que avaliaram o efeito de uma história sobre o suicídio de uma celebridade do entretenimento ou da política eram 14,3 vezes mais propensos a encontrar um efeito de imitação do que outros estudos, e estudos baseados em histórias reais de suicídio tinham 4,03 vezes maiores probabilidades de identificar um efeito de imitação, por oposição a histórias de ficção (em filmes ou novelas). Além disso, estudos baseados em histórias de suicídio divulgadas na televisão foram 82% menos propensos a relatar efeitos ‘copycat’ do que baseados em notícias de jornais, uma vez que estas são estáticas, podem ser guardadas, estudadas, relidas, e geralmente contêm informações mais detalhadas.

​Gould (2001), que também reviu 42 estudos, concluiu igualmente que uma “cobertura extensa do suicídio nos jornais está associada a um aumento significativo na taxa de suicídio”, e a magnitude do aumento é proporcional à quantidade, duração e proeminência da cobertura dos media (p.201). Segundo a autora, já não é preciso questionar a existência do contágio suicida, e, ao invés, as pesquisas devem ser orientadas para identificar os componentes específicos das histórias de suicídio que promovem o contágio, em que circunstâncias, e que elementos são úteis na sua prevenção.

​Mais recentemente, Pirkis et al. (2018) identificaram 163 estudos sobre a associação entre a apresentação do suicídio nas notícias e nos media informativos e os comportamentos suicidas reais. Os autores concluíram, tal como numa anterior revisão crítica (Pirkis & Blood, 2010), que “apresentações irresponsáveis ​​do suicídio nas notícias e em meios de informação podem influenciar atos de imitação” (p.48). Segundo os autores, “a literatura sobre a associação entre a apresentação do suicídio nas notícias e em meios de informação e suicídio real ou comportamento suicida demonstrou que existe uma associação entre a representação não ficcional do suicídio nos media e o suicídio real, e a associação foi considerada causal no caso de apresentações não ficcionais de suicídio em jornais, na televisão e em livros” (Pirkis et al., 2018, p.45).

​Um estudo recente de Niederkrotenthaler et al. (2020) concluiu que o risco de suicídio aumentou 13% depois de ser noticiada a morte de uma celebridade por suicídio, e quando o método de suicídio foi noticiado, houve um aumento de 30% nas mortes pelo mesmo método. Foram analisados 31 estudos provenientes da Ásia (Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul e Japão), Europa (Áustria, Alemanha, Hungria, Holanda, Eslovénia, França e Israel), América do Norte (Estados Unidos e Canadá) e Austrália, publicados entre 1974 e 2019 e abrangendo o período entre 1947 e 2016.

Os autores indicam que “pelo menos três mecanismos podem explicar o aumento no número de suicídios associados ao relato de suicídios: identificação com a pessoa falecida, que pode ocorrer com maior frequência quando os suicídios relatados são sobre indivíduos de elevada posição social; aumento da cobertura noticiosa do suicídio nos media, levando à normalização do suicídio como uma forma aceitável de lidar com as dificuldades; e informações sobre métodos de suicídio, que podem influenciar a escolha do método de suicídio por um indivíduo vulnerável” (p.5). Neste caso, Niederkrotenthaler et al. explicam que a divulgação pelos media de um método de suicídio aumenta a disponibilidade cognitiva desse método, e os indivíduos que estiverem a considerar o suicídio podem estar mais propensos a escolher o método usado por celebridades (p.6).

Outro estudo recente de Sinyor et al. (2020) mostrou que depois dos suicídios da estilista Kate Spade (em 5 de junho de 2018) e do chef Anthony Bourdain (três dias depois), registaram-se 418 suicídios adicionais nos meses de junho e julho, incluindo 275 suicídios de homens e 182 de mulheres. É o equivalente a aumentos de 4,8%, 4,1% e 9,1%, respetivamente. Além disso, houve 392 suicídios adicionais por enforcamento no período em análise, um aumento de 14,5%, sem que tenha havido um aumento significativo de suicídios através de todos os outros métodos combinados. Os autores frisam que os resultados são consistentes com a noção de causalidade, uma vez que os aumentos de suicídios ocorreram apenas nas faixas etárias mais propensas a terem uma ligação emocional ou afinidade com as duas figuras públicas (adultos, mas não adolescentes) e através do mesmo método.

Segundo Sisask e Varnik (2012), há mais pesquisas sobre como relatos irresponsáveis ​​dos media podem provocar comportamentos suicidas, o designado efeito Wether, em comparação com pesquisas sobre o efeito protetor que os media também podem ter, o chamado efeito Papageno, nomeadamente através de mudanças na qualidade e no conteúdo das histórias de suicídio (p.133). No mesmo sentido, Luce (2016) indica que “existe atualmente uma lacuna acentuada nas pesquisas que analisam o suicídio e os media”: “A pouca pesquisa que existe foi amplamente realizada fora dos estudos do jornalismo e tem tido tendência para centrar a atenção na culpabilização dos media por causarem, ou, pelo menos, contribuírem para o suicídio” (p.12). Sisask e Varnik (2012) consideram que a teoria da imitação dos media de massa pressupõe que se a modelagem (no sentido de seguir um exemplo) funciona de forma negativa, induzindo suicídios por imitação, também pode funcionar no sentido oposto, como um modelo positivo de prevenção.

Efeito Papageno

Oposto ao efeito Werther, o conceito de efeito Papageno foi introduzido por Niederkrotenthaler et al. (2010) e inspirado no protagonista da ópera de Mozart “A Flauta Mágica”. Nessa peça, Papageno tem ideação suicida por recear perder a sua amada, mas abstém-se de concretizar o suicídio porque outros personagens o chamam à atenção para estratégias alternativas de enfrentar a situação.

Niederkrotenthaler et al. analisaram quase 500 artigos de imprensa relacionados com suicídio publicados em Áustria no primeiro semestre de 2005, assim como as taxas de suicídio no país. Os autores concluíram que descrições de formas de lidar construtivamente com a ideação suicida foram associadas a uma diminuição subsequente nas taxas de suicídio. De acordo com os autores, artigos dos media focados na ideação suicida individual podem aumentar a identificação de um indivíduo em risco de suicídio com o indivíduo noticiado, destacando o desfecho relatado como ‘continuar a viver’. Segundo Niederkrotenthaler et al., os resultados permitiram estabelecer uma associação entre o relato de ideação suicida individual (não acompanhada por tentativa de suicídio ou suicídio) e uma redução nas taxas de suicídio. Neste sentido, a publicação de artigos sobre indivíduos que se abstiveram de executar planos suicidas, adotando mecanismos positivos para enfrentar circunstâncias adversas pode contribuir para a prevenção do suicídio.

​Alguns anos depois, Etzersdorfer e Sonneck (1998) publicaram um estudo no qual revelaram uma redução de mais de 80% no número de suicídios e tentativas no metro de Viena no segundo semestre de 1987, em comparação com o primeiro semestre, depois de uma campanha de consciencialização junto dos media com a divulgação de diretrizes para noticiar o suicídio, lançada em meados daquele ano. A campanha apresentava aspetos da cobertura noticiosa dos media que poderiam atuar como gatilho, através do comportamento suicida relatado, e sugestões para a “promoção da ideia de vida” (p.69). Os autores admitem que se sabe que só as “más notícias são boas notícias”, à luz dos critérios noticiosos que norteiam a atividade jornalística. Por isso, dizem, uma história sobre uma crise suicida que foi superada será provavelmente menos interessante para os media que um suicídio que cause sensação (p.72).

​De acordo com Gould (2001), noticiar o suicídio não é, em si, o problema, mas a forma como o suicídio é noticiado é que assume uma importância crítica. A Organização Mundial de Saúde tem vindo a divulgar diretrizes para os profissionais dos media (OMS, 2000, 2008, 2017) que decorrem de evidências de pesquisas sobre comportamentos suicidas que podem ser imitados por indivíduos em risco (Gould, 2001; Pescara-Kovach & Raleigh, 2017; Yang et al., 2012), juntamente com a teoria dos efeitos dos media (Gentile et al., 2007; McQuail, 2003; Sisask & Värnik, 2012).

Vários países também desenvolveram diretrizes para os media destinadas a promover uma cobertura responsável do suicídio: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Alemanha, Hong Kong, Índia, Irlanda, Japão, Nova Zelândia, Irlanda do Norte, Noruega, Polónia, Escócia, Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Estónia, Lituânia e Suécia, Brasil. As diretrizes para a cobertura noticiosa do suicídio são semelhantes em termos de conteúdo em todo o mundo e em linha com as recomendações da OMS (Bohanna & Wang, 2012).

De acordo com a OMS (2019), a prevenção do suicídio não tem sido abordada de forma adequada devido à falta de consciência do suicídio como um importante problema de saúde pública e ao tabu existente em muitas sociedades, que impede que seja debatido abertamente. Também segundo a OMS (2017), “os media podem desempenhar um papel significativo tanto no reforço quanto no enfraquecimento dos esforços de prevenção do suicídio” (p.1). Por um lado, relatos dos media sobre suicídio podem aumentar o risco de suicídios por imitação, os designados ‘copycat suicides’ (Phillips, 1974), em indivíduos vulneráveis, sobretudo se houver uma cobertura extensa, proeminente, sensacionalista, que descreva explicitamente o método e repita mitos sobre o suicídio. Por outro lado, notícias sobre suicídio podem minimizar o risco se for adotado um relato responsável, podem contribuir para educar o público sobre o suicídio e a sua prevenção, incentivar pessoas em risco a adotarem comportamentos alternativos e procurarem ajuda, e promover um diálogo mais aberto sobre o suicídio (OMS, 2008, 2017).

No mesmo sentido, o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (2013) afirma que “os media podem ajudar ou dificultar a prevenção do suicídio, consoante promovam a educação pública ou aumentem a visibilidade do suicídio apresentando-o como uma solução para os problemas da vida” (p.58). O recurso Prevenção do Suicídio – Manual para Jornalistas (2020) também indica que, “quando não atendem a certos princípios, as reportagens e outros trabalhos jornalísticos [sobre suicídio] podem ter o efeito de aumentar o risco de repetição e imitação (Efeito Werther)”, mas também “podem ajudar a minimizar o risco de imitação por pessoas em risco, através de exposição educacional e não sensacionalista e abrindo o espaço ao diálogo e à redução do estigma” (p.19).

Estudos demonstram que as diretrizes para os media têm um impacto demonstrável na qualidade da cobertura noticiosa do suicídio (Etzersdorfer & Sonneck, 1998; Fu & Yip, 2008; Michel et al., 2000; Niederkrotenthaler & Sonneck, 2007; Pirkis et al., 2009) e, em alguns casos, têm sido associadas a taxas mais baixas de suicídio (Bohanna & Wang, 2012; Niederkrotenthaler & Sonneck, 2007). As diretrizes para os media podem evitar mais de 1% das mortes por suicídio (Christensen et al., 2016; Krysinska et al., 2016).

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